A historia do sistema da transmissão por radiofreqüência tem sua bases no sistema de radares utilizados na Segunda Grande Guerra Mundial. Os países envolvidos na grande guerra utilizavam radares inventados em 1935 pelo físico escocês Robert Alexander Watson-Watt, para avisá-los com antecedência de aviões enquanto eles ainda estavam bem distantes. Porem, os radares não identificavam aliados de inimigos. Foi aí que os alemães descobriram que se seu pilotos fizessem uma determinada manobra (360° ao longo do eixo de simetria) quando estivessem retornando à base iriam modificar o sinal de rádio que seria refletido de volta ao radar. Esse é, essencialmente, considerado o primeiro sistema de RFID.
A Inglaterra, tendo o Sr. Watson-Watt do seu lado, desenvolveu o primeiro identificador ativo de amigo ou inimigo (IFF– Identify Friend or Foe). Todo avião britânico recebeu um transmissor que, ao receberem sinais das estações de radar, começavam a transmitir um sinal de resposta. Os RFID de hoje funcionam pelo mesmo princípio: um sinal é enviado a uma etiqueta eletrônica, que é ativada e reflete de volta o sinal (sistema passivo) ou transmite seu próprio sinal (sistemas ativos).
Nas décadas de 50 e 60, cientistas de varias partes do mundo (Estados Unidos, Europa e Japão) divulgaram pesquisas a respeito de como a energia de radiofreqüência poderia ser utilizada para identificar objetos em varias situações.
No setor comercial, a sua primeira utilização se deu em sistemas antifurto, que utilizavam ondas de rádio para determinar se um item havia sido roubado ou pago normalmente. Foi neste contexto que surgiram os tags (etiquetas eletrônicas), que fazem parte do sistema de RFID até hoje.
Como funciona
Componentes do RFID
Um sistema de RFID é basicamente composto por dois componentes:
Transponder (tag) - que se situa no objeto a ser identificado,
Leitor- que, dependendo da tecnologia usada, pode ser um dispositivo de captura de dados ou de captura/transmissão de dados
Leitor
O leitor ou antena, utilizando umsinal de rádio, é o meio que ativa o Tag para trocar/enviar informações. As antenas são fabricadas em diversos formatos e tamanhos com configurações e características diferentes, cada uma para um tipo de aplicação. Existem soluções onde a antena, o transceiver e o decodificador estão no mesmo aparelho, recebendo o nome de "leitor completo”. Além disso, muitos leitores são feitos com uma interface adicional que permite a ele enviar os dados recebidos a um outro sistema (PC, sistema de controle de um robô, etc).
Em termos de função não há diferença de um leitor de código de barras e de conexão ao restante do sistema. Porém, o leitor opera pela emissão de um campo eletromagnético (radiofreqüência), que é a fonte que alimenta o Transponder, que por sua vez, responde ao leitor com o conteúdo de sua memória. Ao contrário de um leitor laser, por exemplo, para código de barras, o leitor não precisa de campo visual para realizar a leitura do Tag, podendo ler através de diversos materiais como plásticos, madeira, vidro, papel, cimento, etc.
Quando o Tag passa pela área de cobertura da antena, o campo magnético é detectado pelo leitor. O leitor então decodifica os dados que estão codificados no Tag, passando-os para um computador realizar o processamento. Este tipo de configuração é utilizado, por exemplo, em aplicações portáteis.
Transponder
O transponder representa o dispositivo que carrega os dados reais de um sistema de RFID. Consiste normalmente de uma antena e um microchip eletrônico. Quando o transponder, que não possui geralmente sua própria fonte de energia (bateria), não está dentro da freqüência de resposta de um leitor, é considerado totalmente passivo. O transponder é ativado somente quando está na mesma freqüência de um leitor. A energia requerida para ativar o transponder é fornecida a ele através da antena, que também transmite o pulso e os dados. Os Transponders (ou RF Tag) estão disponíveis em diversos formatos (pastilhas, argolas, cartões, etc), tamanhos e materiais utilizados para o seu encapsulamento que podem ser o plástico, vidro, epóxi, etc. O tipo de Tag também é definido conforme a aplicação, ambiente de uso e performance.
Existem duas categorias de RF Tag
Ativos – São alimentados por uma bateria interna e tipicamente permitem processos de escrita e leitura.
Passivos – Operam sem bateria, sendo que sua alimentação é fornecida pelo próprio leitor através das ondas eletromagnéticas.
O custo dos RF Tag ativos são maiores que o RF Tag passivos, além de possuírem uma vida útil limitada de no máximo 10 anos (os passivos têm, teoricamente, uma vida útil ilimitada). Os Tags passivos geralmente são do tipo só leitura (read-only), usados para curtas distâncias.
A capacidade de armazenamento também varia conforme o tipo de microchip. Por exemplo, em sistemas passivos, as capacidades podem variar entre 64 bits e 8 k
Há uma variedade enorme de princípios diferentes para operar sistemas de RFID. O retrato abaixo fornece um pequeno exame de princípios da operação
Os princípios mais importantes são o acoplamento indutivo e o acoplamento backscatter, que serão abordados mais detalhadamente abaixo.
Acoplamento indutivo
Um transponder indutivo é composto de um microchip e uma bobina, que funciona como uma antena. Os transponders operados por meio indutivo são quase sempre passivos. Para a transmissão de energia, a bobina da antena do leitor gera um campo eletromagnético forte, de alta freqüência, que penetra a seção transversal tanto da bobina como da área a sua volta. Uma vez que a escala de freqüência da onda que se usa é várias vezes maior do que a distância entre a antena do leitor e o transponder, o campo eletromagnético pode ser tratado como um campo magnético em alternância.
Uma parte pequena do campo emissor interage com a bobina da antena do transponder, que está a uma determinada distância da bobina do leitor. Pela indução magnética, uma tensão é gerada na bobina da antena do transponder. Esta tensão é retificada e serve como a fonte de alimentação para o microchip. Um capacitor é conectado paralelamente à bobina da antena do leitor. A capacitância é selecionada de forma a combinar com a indutância da bobina da antena para dar forma a um circuito ressonante paralelo, ou seja, para se obter uma freqüência ressonante que corresponda com a freqüência da transmissão do leitor. Correntes muito elevadas são geradas pela bobina da antena do leitor pelo amplificador de ressonância no circuito ressonante paralelo, que pode ser usado para gerar a energia requerida do campo para a operação do transponder remoto. A bobina da antena do transponder e o seu capacitor em paralelo dão forma a um circuito ressonante ajustado à freqüência da transmissão do leitor. A tensão na bobina do transponder alcança um valor máximo devido ao amplificador de ressonância no circuito ressonante paralelo.
Como descrito acima, o sistema indutivo é baseado em um transformador do tipo acoplamento entre a bobina preliminar no leitor e a bobina secundária no transponder. Porém isto só é verdade quando a distância entre as bobinas não excede 0.16 do comprimento de onda, de modo que o transponder esteja situado nas proximidades da antena do transmissor. Se um transponder ressonante for colocado no do campo magnético alternado da antena do leitor, este extrai a energia do campo magnético. Este consumo de potência adicional pode ser medido como a queda de tensão na resistência interna nas antenas do leitor através da corrente da fonte à antena do leitor. Conseqüentemente, a alternância da resistência na antena do transponder efetua mudanças na tensão na antena do leitor e tem assim o efeito de uma modulação de amplitude de tensão da antena feito pelo transponder. Se a alternância do resistor for controlada por dados, então estes dados podem ser transferidos do transponder ao leitor. Este tipo de transferência de dados é chamado de modulação de carga. Para recuperar os dados no leitor, a tensão medida na antena do leitor é retificada. Isto é chamado “demodulação”(do inglês demodulation) de um sinal modulado por amplitude.
Acoplamento backscatter
Pela tecnologia de radares nós sabemos que as ondas eletromagnéticas são refletidas por objetos com dimensões superiores à metade do seu comprimento de onda. A eficiência com que um objeto reflete ondas eletromagnéticas é descrita pela sua seção transversal de reflexão
A energia P1 é emitida pela antena do leitor, mas somente uma pequena parte desta energia alcança a antena do transponder . A energia P1' (P1'< P1) é fornecida às conexões da antena como a tensão e após a retificação feita pelos diodos D1 e D2, esta pode ser usada como voltagem inicial tanto para a desativação como para a ativação do modo econômico de energia. Os diodos usados são os diodos de barreira fraca de Schottky, que têm uma tensão particularmente baixa no ponto inicial. A tensão obtida pode também ser suficiente para servir como uma fonte de alimentação para distâncias curtas. Uma parte da energia entrante P1 ' é refletida pela antena e retornada como o sinal P2. As características da reflexão da antena podem ser influenciadas alterando a carga conectada à antena.
A fim transmitir dados do transponder ao leitor, um resistor RL é ligado conectado em paralelo com a antena, trabalhando de modo alternado em sincronia com a transmissão dos dados. A amplitude de P2 refletida do transponder pode assim ser modulada. O sinal P2 refletido pelo transponder é irradiado no espaço livre. Uma parte pequena deste é captado pela antena do leitor. O sinal refletido viaja através da conexão da antena do leitor no sentido contrário, e pode ser desacoplado usando um acoplador direcional para depois ser transferido ao receptor de um leitor. Em média, o sinal do transmissor é aproximadamente dez vezes mais forte do que o recebido de um transponder passivo.
Faixas de Freqüência
Uma vez que os sistemas de RFID geram irradiam ondas eletromagnéticas, são classificadas como sistemas de rádio. A função de outros serviços de rádio deve sob nenhuma circunstância ser prejudicada ou danificada pela operação de sistemas de RFID. É particularmente importante assegurar-se que os sistemas de RFID não interfiram em serviços de rádio móveis (polícias, serviços de segurança, indústria), serviços de rádio marinhos e aeronáuticos e telefones móveis.
A necessidade de se fazer valer este cuidado acaba por restringir significativamente a escala de freqüência apropriadas e disponíveis para o funcionamento de um sistema de RFID. Por esta razão, geralmente só é possível usar as escalas de freqüência que foram reservadas especificamente para aplicações industriais, científicas ou médicas ou para dispositivos curtos são as freqüências classificadas mundialmente como de escalas de freqüência de ISM (Industrial-Cientific-Medical), e podem também ser usadas para aplicações de RFID.
Faixa de freqüência que operam:
Sistemas de Baixa Freqüência (30KHz a 500KHz) – Para curta distância de leitura e de baixo custo operacional. Normalmente utilizados para controles de acesso, rastreabilidade e identificação;
Sistemas de Alta Freqüência (850MHz a 950MHz e 2,4GHz a 2,5GHz) – Para leitura em médias e longas distâncias e leituras a alta velocidade. Normalmente utilizados para leitura de Tags em veículos e coleta automática de dados.
Faixas de RFID comerciais presentes no Brasil e sua aplicação:
- Proximidade (125Khz)- Controle de Acesso e Controle de Ponto, Controle de Acesso Veícular, Controle de Abastecimento Veícular;
- Mifare (13,56 Mhz): Utilizado em Bilhetagem Eletrônica, Controle de Acesso a Redes Lógicas (Gerenciamento de Identidades ), Super Credenciais (com informações como nome, CPF, RG, Endereço, Tipo sanguineo , Impressões Digitais, etc.), Sistemas Anti Furto , Sistemas Anti Falsificação;
- UHF Passivo (902 -928 Mhz) – Utilizado na Rastreabilidade Comercial e Industrial, Controle de Acesso Veicular e de Pessoas;
- UHF Ativo (2,4 Ghz): Sistemas de Pedágio (SEM PARAR);
- 433,9 Mhz : Utilizado em sistemas de controle de acesso veícular em estacionamentos e pedágios;
- 134 Khz – Utilizado em rastreabilidade de animais;
Utilidades Práticas
A tecnologia RFID, por ser mais prática em relação ao código de barras (mais mobilidade, maior segurança na transmissão de dados, tempo de leitura da ordem de 100 milissegundos), vem sendo utilizada por áreas cada vez mais diversificadas. Ainda sim, o seu uso potencial promete uma penetração de mercado bem maior da que se tem hoje. Vejamos então algumas das aplicações já inseridas nos setores de produção e serviço.
Setor Industrial
A indústria dos meios de transporte é mais uma que já se beneficia com uma rede de leitores RFID estáticos. Por exemplo, RFIDs fixados nos pára-brisas de carros alugados podem guardar a identificação do veículo, de tal forma que as locadoras possam ter acesso a relatórios automaticamente usando leitores de RFID nos estacionamentos, além de ajudar na localização dos veículos.
Este sistema também é usado consumidor possui um tag em seu carro e os leitores estáticos se situam no pedágio. Ao passar por ele, o tag é ativado e as informações dos carros são recolhidas e salvas em um banco de dados. No final do mês, a empresa responsável remete uma conta a ser paga em banco para o usuário, cobrando uma taxa proporcional ao número de vezes que ele passou no pedágio. Os leitores empregados nesse tipo de solução são equipamentos que operam na frequência UHF de 902-928 Mhz com tags passivas (com alcance de 12 metros) ou 2,4 Ghz com tags ativas (com alcance de até 50 metros). Esse sistema é conhecido popularmente como “SEM PARAR”.
As empresas aéreas também podem fazer uso dos leitores estáticos. Colocando RFID nas bagagens, diminui-se consideravelmente o número de bagagens perdidas uma vez que os leitores identificariam o destino das bagagens e as encaminham de forma mais eficiente.
Na industria os sistemas de RIFD são largamente utilizados. Uma destas é a identificação de ferramentas, que no caso de grandes indústrias facilita os processos de manutenção e de substituição e administração das mesmas. Mas outro campo que sistemas RFID podem tanto melhorar a rapidez e qualidade do serviço, como também ter um papel de segurança nas indústrias é na identificação de recipientes, embalagens e garrafas, principalmente em produtos químicos e gases, onde um erro na hora de embalar pode causar sérios problemas.
Hoje, a identificação de recipientes nas indústrias é feita através do código de barras, porem indústrias que trabalham com reações químicas precisam de um nível de confiabilidade muito maior do que o fornecido pelo código de barras. Além disso, as etiquetas eletrônicas são mais adaptáveis, podendo assumir qualquer formato, e mais robustas, podendo condições hostis, como poeira, impactos, radiação, ácidos e temperaturas muito altas ou muito baixas, podendo variar de -40ºC a +120ºC
Os leitores empregados nas aplicações acima descritas são equipamentos que operam na frequência UHF de 902-928 Mhz com tags passivas (com alcance de 12 metros) ou 2,4 Ghz com tags ativas (com alcance de até 50 metros). Esses dispositivos também possuem a característica de ler simultaneamente diversas tags (até 100 tags).
São largamente utilizados leitores de RFID móveis (conhecidos também como coletores de dados):os leitores de RFID podem ser instalados em aparelhos que fazem parte do dia-a-dia das pessoas, como os celulares. Colocando um destes celulares em frente a um produto com RFID obtém-se seu preço, por exemplo, assim como suas especificações. O celular também pode ser usado para compras, através da leitura do RFID de um determinado produto. A companhia de cartão de crédito efetua o pagamento através da autorização do celular.
O uso desta tecnologia também pode ser aplicado na gerência de estoques e armazéns quando estes tem uma alta movimentação de produtos ( exemplo central de distribuição), pois RFID permite um controle mais ágil já que não é preciso contato direto entre o funcionário e os produtos como no código de barras. Esta gerência pode ser feita por RFID desde o estoque até os estabelecimentos comerciais.
Caminhões que fazem o serviço de entrega dês mercadorias também podem ser equipados com sistema de radiofreqüência para um monitoramento mais ágil e eficiente. Leitores instalados nas caçambas dos caminhões monitoram os produtos que entram e saem da caçamba e as informações sobre o tipo de mercadoria transportada, hora que foi entregue, etc, são salvas em um computados de bordo.
Em bibliotecas e centros de informação, a tecnologia RFID é utilizada para identificação do acervo, possibilitando leitura e rastreamento dos exemplares físicos das obras com mais rapidez e facilidade ..
Uma micro etiqueta é inserida normalmente na contracapa dos livros, dentro de revistas e sobre materiais multimídia (CD-ROM, DVD) para que se possa rastreá-los à distância.
Uma vez que é possível converter facilmente os códigos identificadores existentes atualmente no código de barras para etiquetas RFID, as grandes bibliotecas podem aderir a esta nova tecnologia sem grandes problemas
Dentre todos os serviços prestados pela biblioteca e realizados para o controle do acervo, estão listadas algumas das áreas onde é útil a implantação de RFID:
Apesar de ser possível o uso de etiquetas de RFID para segurança anti-furto de acervo (algumas etiquetas permitem gravar a informação se está ou não emprestado em um bit de segurança) sua utilização não é recomendável uma vez que pode-se inibir a leitura do tag envolvendo-o em recipientes metálicos.
Com relação ao controle patrimonial , o processo é similar porém a coleta de dados pode ser realizada totalmente de maneira passiva , sem o usuário tomar conhecimento que determinado objeto está sendo retirado ou devolvido ao almoxarifado , por exemplo.
Ao se falar em segurança, RFID é associado a controle de acesso, que nada mais é do que a simples idéia de áreas serem restritas somente quem ou a o que tiver um tag com determinadas informações. Assim, para se fraudar a segurança ter-se-ia que possuir um tag com as informações específica e a freqüência certa de operação do leitor.
Além do controle de acesso, um sistema RFID pode prover na área de segurança outros serviços. O principal destes é o sistema de imobilização. Os controles de alarme estão no mercado há anos, e são pequenos transmissores de rádio freqüência que operam na freqüência de 433.92 MHz. Neste tipo de sistema de segurança para carros, o problema é que não é somente este controle que pode acionar o destravamento do carro. Se o controle que o destrava for quebrado, o carro também pode ser aberto através das chaves, por um processo mecânico, e não reconhece se a chave inserida é original do carro. É aí que a tecnologia dos transponders de RFID podem agir, verificando a autenticidade da chave: se o sistema não reconhecer o tag da chave, o sistema de imobilização do carro é acionado.
O principal segmento que utiliza o RFID do mercado de Segurança no Brasil é formado pela associação de aplicações que envolvem controle de acesso e controle de ponto (registro de ponto de funcionários). Em sua ampla maioria a frequencia utilizada para essas aplicações é a 125Khz , conhecida comumente como “proximidade”.
Este tipo de sistema usado na identificação dos animais ajuda no gerenciamento dos mesmos entre as companhias, no controle de epidemias e garantia de qualidade e procedência. Seu uso é também praticado em animais silvestres para controle de migração, ajudando no estudo das espécies. A identificação animal por sistemas de RFID pode ser feita de quatro maneiras diferentes:
Colares - fáceis de serem aplicados e transferidos de um animal para o outro; é usado geralmente apenas dentro de uma companhia
Brincos - são as tags de menor custo, e podem ser lidas a uma distancia de até um metro
Injetáveis - injetáveis, que são usadas a cerca de 10 anos, ela é colocada sob a pele do animal com uma ferramenta especial, um aplicador parecido com uma injeção
Ingeríveis (bolus) - é um grande comprimido revestido geralmente por um material cerâmico resistente a ácido e de forma cilíndrica, e pode ficar no estomago do animal por toda sua vida.
As principais preocupações em um processo de manutenção de sistemas complexos podem ser sumarizadas em:
Com RFID é possível manter um histórico do objeto, com todos os procedimentos de manutenção nele já realizados,o que é ideal para manutenção preventiva e ainda propicia uma melhora na documentação do processo de manutenção, permitindo relatórios mais eficientes, além de uma redução dos custos administrativos em decorrência da diminuição da burocracia.
Diariamente no aeroporto de Frankfurt os técnicos percorrem o aeroporto efetuando as tarefas de manutenção necessárias. Para tal, os técnicos se autentificam nos dispositivos móveis (usando também o RFID), recebendo suas atividades do dia. Após o término da checagem de cada equipamento escalonado para sua inspeção, o técnico registra seu RFID uma segunda vez, criando, assim, um registro de manutenção. Com isso, somente na manutenção de extintores, reduziu- se extraordinariamente o custo para tal, pois , uma tarefa que outrora consumira 88 mil paginas de papel que eram arquivados por ano passou a ser feita de forma automática.
Bilhetagem eletrônica
A bilhetagem eletrônica é sem dúvida hoje a solução que utiliza a tecnologia RFID mais disseminada entre a população de maneira geral e a que mais utiliza equipamentos (leitores e tags) no Brasil. Todo o sistema de “bilhete único” ou “vale transporte” funciona com cartões RFID do tipo MIFARE , ou seja, que tem capacidade de armazenar informações, que no caso são créditos de passagens.
O processo de funcionamento do sistema é muito similar em todas as aplicações e podeser descrito da seguinte forma:
Tendências do RFID
Nos últimos anos houve avanços consideráveis na tecnologia utilizada para o RFID tais como poder de alcance, miniaturização, etc. Porem, diversos solucionados ainda precisam ser solucionados para que se possa admirar uma ampla expansão desta tecnologia no futuro. Estes problemas se concentram muito na aplicação que é feita do dispositivo, de modo que em determinadas aplicações RFID já é uma realidade enquanto que para outras, somente há a teoria uma vez que certos problemas ainda persistem. Os desafios que se sobressaem são:
Em estimativa feita pela empresa Gartner, especialista em análise de informações na área de tecnologia foi previsto para que no ano de tecnologia de RFID tenha investimentos de mais de 3 bilhões de dólares. Christopher Lafond, vice-presidente da Gartner, menciona que esta tecnologia não pretende substituir o código de barras, mas sim ser implantada em sistemas caóticos (hospitais por exemplo), onde dará suporte para se conseguir obter uma organização mais sistemática.
Outras vertentes do possível uso da tecnologia do RFID são discutidas a seguir:
Marketing direcionado
A tecnologia de RFID poderá auxiliar o mais eficiente tipo de propaganda que é a propaganda direcionada. Um bom exemplo desta aplicação está nas vendas de CDs e DVDs. Cada CD ou DVD da loja possui um tag contendo determinadas informações a respeito do produto. Quando um consumidor se interessa pelo produto e o puxa da prateleira, um leitor estrategicamente posicionado lê o tag e começa a passar informações a respeito daquele produto em uma tela acima da prateleira (vídeos com pequenos trechos do produto, entrevistas com artistas produtores, etc). Assim, a propaganda se torna mais eficaz uma vez que ela é ativada quando o consumidor mostra interesse no produto.
Pagamento automático no setor comercial
Pesquisadores sugerem que a extinção dos caixas tradicionais no comércio esta assegurada, dando lugar a sistemas de RFID. Cada produto do estabelecimento comercial conterá um tag passivo contendo informações tais como o seu tipo e preço. Na saída da loja haverá leitores que captarão as informações de todos os produtos que o consumidor está comprando (os leitores lêem em média 40 tags por segundo) e o valor destes produtos será descontado da conta do cliente (este portará um cartão de crédito/débito que também será lido pelos leitores da loja para que o pagamento possa ser efetuado instantaneamente).
Pesquisadores da área de saúde sugerem que um dia um pequeno chip RFID implantado embaixo da pele, poderá transmitir seu número e automaticamente acessar um completo registro de sua saúde. Funcionários do hospital, remédios e equipamentos também podem ser etiquetados, criando um potencial de administração automática, reduzindo erros e aumentando a segurança.
No caso de uma emergência, o chip pode salvar vidas, já que acaba com a necessidade de testes de grupo sangüíneo, alergias ou doenças crônicas, além de fornecer o histórico de medicamentos do paciente. Com isso obtém-se maior agilidade na busca de informações sem a necessidade de localização dos prontuários médicos.
Um experimento feito com implantes de RFID foi conduzido pelo professor britânico de cibernética Kevin Warwick, que implantou um chip em seu braço em empresa Applied Digital Solutions propôs seus chips "formato único para debaixo da pele" como uma solução para identificar fraude, segurança em acesso a determinados lugares. acesso a computadores, banco de dados de medicamento, iniciativas anti-seqüestro entre outros. Combinado com sensores para monitores as funções do corpo, o dispositivo Digital Angel poderia monitorar pacientes. O Baja Beach Club, uma casa noturna em Barcelona, na Espanha, e em Rotterdam, na Holanda usa um chips implantado em alguns de seus frequentadores para identificar os VIPs.
Em 2004 um escritório de uma firma mexicana implantou 18 chips em alguns de seus funcionários para controlar o acesso a sala de banco de dados.
A Applied Digital Solutions anunciou um chip implantado sob a pele. Nesse caso, quando alguém for a um caixa eletrônico, bastará fornecer sua senha bancária e um scanner varrerá seu corpo para captar os sinais de RD que transmitem os dados de seu cartão de crédito.
Alguns vendedores têm combinado Tag de RFID com sensores de outros tipos. Isto pode permitir que o Tag emita não apenas a mesma informação repetidamente, mas também identificar a informação junto com dados escolhidos pelo sensor. Por exemplo, um Tag de RFID preso à perna de um bezerro poderia relatar nas leituras a temperatura das últimas 24 horas, para se assegurar de que a carne estivesse sendo mantida corretamente.
“Dog Tags” baseados em RFID podem ajudar a tropas norte-americanas a identificar-se. A unidade é pequena o bastante para ser carregada facilmente. O tag de RFID transmite informações gerais e também a posição do soldado. Com esse sistema, pretende-se permitir que um atirador pergunte a seu alvo - “amigo ou inimigo(friend or foe)?” - e mandar o alvo responder se é aliado, reduzindo o chamado “friendly fire”, que significa atirar em soldados aliados.
Os ministros dos países membros da União Européia se puseram de acordo quanto ao uso dos passaportes biométricos e os primeiros foram emitidos em 2006. São dotados de um chip RFID que, além da identificação do portador (nome, filiação, data e país de nascimento) contém, inicialmente, sua foto digitalizada e dados faciais (um conjunto de números, que representam uma intrincada relação entre parâmetros característicos do rosto humano – como distâncias e ângulos entre olhos, boca, nariz, maçãs faciais – e outros dados antropométricos usados por uma tecnologia de identificação denominada reconhecimento de fisionomia). Dentro de três anos, o chip conterá também a impressão digital digitalizada.
Como se trata de um implante, ou seja, um corpo estranho sendo inserido no corpo humano isso SEMPRE será facultativo ao indivíduo em países democráticos e com marcos regulatórios bem definidos.
Prós e Contras
A principal vantagem do uso de sistemas RFID é realizar a leitura sem o contato e sem a necessidade de uma visualização direta do leitor com o Tag. É possível, por exemplo, colocar a RF Tag dentro de um produto e realizar a leitura sem ter que desempacotá-lo, ou, por exemplo, aplicar o Tag em uma superfície que será posteriormente coberta de tinta ou graxa. O tempo de resposta é baixíssimo, tornando-se uma boa solução para processos produtivos onde se deseja capturar as informações com o Tag custo da RF Tag apresentou uma queda significativa nos últimos anos, tornando-a viável em alguns projetos onde o custo do produto a ser identificado não é muito alto.
Porém, essa mesma característica que motiva o uso de RFID em determinadas situações, acaba por se tornar um obstáculo em outras aplicações uma vez que há um risco dos consumidores perderem a privacidade ao adquirirem produtos com tags. A ameaça à privacidade vem quando o RFID permanece ativo quando o consumidor deixa o estabelecimento. Uma loja poderia por exemplo, colocar tags RFID em todos os seus produtos e os clientes poderiam ter um cartão de crédito que automaticamente debitaria o valor das compras na hora que o cliente saísse da loja, sem precisar passar pelo caixa. O que acontece por exemplo, se uma loja de roupas decide colocar esses tags invisíveis em todas as roupas: quando um comprador retorna à loja, ele pode ser reconhecido. Mesmo com regulamentação governamental, a situação pode se tornar rapidamente uma ameaça à privacidade. No momento a indústria de RFID parece dar sinais divergentes sobre se as tags devem ser desativadas ou deixadas em ativo por padrão.
Vantagens do Uso da Identificação por Radiofreqüência
•Capacidade de armazenamento, leitura e envio dos dados para etiquetas ativas;
•Leitura sem necessidade de proximidade d leitor para a captação dos dados;
•Robustez das etiquetas com possibilidade de reutilização ;
•Precisão na transferência de dados e velocidade no envio dos mesmos;
•Localização dos itens ainda em processos de busca;
•Prevenção contra roubos e falsificação de mercadorias;
•Coleta de dados de animais ainda no campo;
Todas essas vantagens acima listadas giram em torno das três principais características dos sistemas de RFID que são a durabilidade das tags, a precisão na transmissão de dados e a realização de leitura sem necessidade de contato.
Desvantagens do uso da Identificação por Radiofreqüência
• custo elevado da tecnologia RFID em relação aos sistemas de código de barras é um dos principais obstáculos para o aumento de sua aplicação comercial. Atualmente, uma etiqueta inteligente custa nos EUA cerca de 25 centavos de dólar, na compra de um milhão de chips. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação, esse custo sobe para 80 centavos até 1 dólar a unidade;
•O preço final dos produtos, pois a tecnologia não se limita apenas ao microchip anexado ao produto. Por trás da estrutura estão antenas, leitoras, ferramentas de filtragem das informações e sistemas de comunicação;
•O uso em materiais metálicos e condutivos pode afetar o alcance de transmissão das antenas. Como a operação é baseada em campos magnéticos, o metal pode interferir negativamente no desempenho;
•A padronização das freqüências utilizadas para que os produtos possam ser lidos por toda a indústria, de maneira uniforme.
•A invasão da privacidade dos consumidores por causa da monitoração das etiquetas coladas nos produtos.
Outro problema comum do RFID é o “reader collision” (colisão de leitores) e o “tag collision” (colisão de tags). A colisão de leitores ocorre quando os sinais de dois ou mais leitores se sobrepõem. O tag é incapaz de responder a dois leitores simultaneamente. Os sistemas devem ser ajustados com cuidado para evitar esse problema. A colisão de tags ocorre quando muitos tags estão muito próximos; mas como o tempo de leitura é muito pequeno, é mais fácil para os vendedores desenvolver sistemas que se asseguram de que os tags respondam um de cada vez.
Em meio a tantas possibilidades de violação da segurança, existem estudos para que a tecnologia RFID seja implantada sem causar danos aos seus usuários. Isso faz com que seu uso em larga escala seja viável e que a vida das pessoas seja facilitada sem nenhum transtorno.
Algumas possíveis soluções são:
Implantação de regras, como:
Vantagens e Desvantagens da RFID em Relação ao Código de Barras
Comparativo entre o Código de Barras e a RFID
Neste comparativo observamos que as RFID oferecem diversas vantagens quando comparadas ao código de barras. São superiores na sua substituição, formatos, segurança, manutenção, etc. Podem até mesmo ser reutilizadas.
Texto Extraído do Site: http://www.gta.ufrj.br/grad/07_1/rfid/RFID_arquivos/Index.htm
Editado por Allan Pimentel